Recuperação

Prever o modo de aterragem do foguete após o lançamento é uma questão importante, já que a chegada do foguete ao solo tanto pode ser um momento glorioso como um desastre total...

Um foguete em queda em modo balístico (nariz para baixo) pode facilmente atingir velocidades superiores a 100 km/hora ao chegar ao solo, o que o torna perigoso para pessoas ou objetos que possam estar no local (além de provocar danos consideráveis no próprio foguete).

A utilização de um paraquedas para reduzir a velocidade de descida é uma ótima ideia... até o sistema falhar. É por isso que os construtores de foguetes mais avisados incluem também sistemas de absorção de energia (nariz com ponta de borracha, zonas de deformação) e utilizam práticas de lançamento seguras para minimizar as consequências de uma falha no sistema de recuperação por paraquedas.

Outro sistema de recuperação possível utiliza o próprio design do foguete e respetivas aletas para criar um fenómeno chamado de backward sliding (retro-deslizamento). Neste caso, a relação entre o centro de gravidade e o centro de pressão do foguete vazio levam a um equilíbrio entre as forças aerodinâmicas que induzem a queda do foguete de nariz para baixo e a resistência do ar ao próprio corpo do foguete, resultando numa descida controlada.